Está acontecendo no Rio de Janeiro a 30 edição da Casa Cor. A mostra volta a acontecer neste ano, em meio à pandemia de COVID-19 que ainda assombra nosso país. Os organizadores da mostra decidiram este ano voltar com as visitas presenciais, organizando em horários os visitantes. Na teoria é uma ideia excelente, uma vez que limitados os números de visitantes e havendo um controle da quantidade de pessoas em cada ambiente, seria possível ver de perto os designs dos diversos arquitetos e designers de interiores que criaram cada um dos ambientes da casa. Porém na prática a coisa não funcionou muito bem.
Mesmo com avisos de uso de máscara obrigatório, e de manter a distância, as pessoas parecem não ter aprendido ainda como se comportar. Eu me arrisquei a ir em um passeio depois de um ano indo apenas à supermercados quando necessário, pois achei que estivesse bem organizado. Mas, apesar dos esforços dos funcionários em controlar a entrada e pedir que os visitantes mantivessem as mascaras em seus rostos, ainda haviam pessoas que parecem precisar muito de calor humano, se aglomerando nas filas e salas. Eu me senti muito tensa em diversos momentos e as pessoas simplesmente pareciam não se importar com as regras. Mas ao menos consegui ficar sozinha em diversos ambientes, o que me permitiu ficar um pouco mais aliviada. É uma pena, pois assim, quis ir embora logo que terminei de ver a mostra, frustrando completamente meus planos de tonar um café tranquilamente no jardim. O fato é que alguns dos ambientes como café e restaurante eu sequer cheguei perto de tão cheio que estavam. Infelizmente os organizadores permitiram a entrada de muito mais gente que deveria no horário que eu fui, ignorando completamente o horário marcado.
Dito isto, vamos para a parte boa.
Palacete Brando Barbosa
O palacete por si só é um espetáculo. E confesso que estava mais ansiosa para conhecer o espaço de perto do que a mostra em si. E lá fui eu, fingindo costume, me deslumbrar com uma casa que só a cozinha é o dobro do tamanho do meu apartamento. Fazer o que, né, amores?
Localizado praticamente ao lado do Jardim Botânico, o palacete data de 1860 e foi construído como parte da antiga Chácara da Floresta pela família de importantes cafeicultores, Faro. Anos mais tarde, foi a residência do importante médico sanitarista Oswaldo Cruz. A partir da década de 1960, Jorge Brando Barbosa e a esposa Odaléa compraram, reformaram e ampliaram o imóvel original criando o palacete rosa de 2.500 metros quadrados que conhecemos hoje.
Fiquei encantada com a escadaria de madeira do Hall de entrada e com o suntuoso lustre, ainda que um pouco maltratado pelo tempo.
A mostra Casa Cor 2021
A Casa cor 2021 está bem interessante. Apesar de não haver muito fora do convencional ou inovador como pudemos ver no ano de 2019, as tendências são as inevitáveis valorizações da natureza dentro dos ambientes – muitas plantas por todos os lados – e do ar livre – espaços abertos tanto quanto possível. Além disso, muitos dos espaços da mostra são multifuncionais, versáteis, dando ênfase ao Home Office com conforto e estilo.
Para quem tem a possibilidade de viver em grandes espaços é com certeza uma maravilha. Mas o fato é que a maioria de nós, meros mortais, vivemos em apartamentos pequenos, muitas vezes sem varanda, nos quais tivemos que estar confinados no ano que passou. Nesse quesito a mostra me decepcionou, uma vez que eu gostaria de ter visto algo mais próximo a nossa realidade, ou seja, como viver bem em um apartamentinho versátil e confortável. Isto, a Casa Cor 2021 Rio de Janeiro vai ficar devendo.
Abaixo algumas imagens de alguns ambientes e detalhes que mais gostei. Todas as fotografias foram tiradas por mim e só podem ser compartilhadas mediante prévia autorização.
Espaço III Pequena Sala de Estudos, por Lia, Felipe e Betina Siqueira – o ambiente que eu mais gostei, sem sombra de dúvidas Aparador CMS de Claudia Moreira Salles Sala de Banho Deca, por Beto Figueiredo e Luiz Eduardo Almeida Sala de Banho Deca, por Beto Figueiredo e Luiz Eduardo Almeida – detalhe banheira Sala de Banho Deca, por Beto Figueiredo e Luiz Eduardo Almeida – detalhe pia Suíte de Hóspedes, por Angela Leite Barbosa e Daniel Marques Mendes Haman SPA, por Bianca da Hora Jardim de Inverno, por Jean de Just Jardim de Inverno, por Jean de Just Quarto do Casal, por Paola Ribeiro Quarto do Casal, por Paola Ribeiro Quarto do Casal, por Paola Ribeiro Quarto do Casal, por Paola Ribeiro – detalhe Quarto do Casal, por Paola Ribeiro – detalhe Sala de Arte “Contemplação”, por Mario Costa Santos Sala de Almoço e Varanda, por Chicô Gouvêa Cozinha dos Amigos – Anna Malta e Andréa Duarte Casa Up por Metalmarco, por UP 3 Arquitetura Casa Up por Metalmarco, por UP 3 Arquitetura Jardim Secreto, por Diego Raposo e Manuela Simas
Serviço: CASACOR Rio 30 anos
Período: até dia 6 de junho
Horário: de terça a sexta, das 12h às 20h; sábados, domingos e feriados, 10h às 20h.
Local: Rua Lopes Quintas, 497. Jardim Botânico
Ingressos e agendamento de visitas: https://casacorrj.byinti.com/
De terça a quinta-feira:
Ingresso inteiro: R$ 70,00
Meia entrada: R$ 35,00
De sexta a domingo e feriados:
Ingresso inteiro: R$ 80,00
Meia entrada: R$ 40,00
Dicas de Ouro!
Caso você esteja muito interessado em ver a mostra da Casa Cor 2021, mas com zero vontade de arriscar uma aglomeração desnecessária aqui vão duas dicas:
1a dica – melhor ir em um dia de semana, há a possibilidade de estar mais vazio, caso você queira mesmo ver de perto.
2a dica – Faça uma visita virtual sem sair de casa. No site da Casa Cor tem todos os ambientes separados ou a casa inteirinha pra tour virtual com diversas informações. Tá super bem feitinho, acho que vale a pena conferir sem sair de casa – e, ainda por cima – gratuitamente. Clique aqui para acessar o tour virtual: Tour 3D | CASACOR (abril.com.br)
Se visitar presencialmente ou virtualmente, deixe aqui nos comentários que eu quero saber!
Usem máscara!!
Beijos e até a próxima!
O lugar é maravilindooo, Da vontade de morar ai dentro ne?…mas realmente pecar com a segurança coletiva em tempos de Covid não dá. Tomara que eles consigam se organizar melhor.
Pois é mana, eu gostaria de um dia visitar o lugar completamente vazio. Mas de fato como estava, não dava.