Carnival Row – série de fantasia da Prime Video

A Prime Video da Amazon tem produzido diversas séries bem bacanas ultimamente. Concorrente forte da Netflix, a Prime lançou no dia 30 de Agosto a série de fantasia Carnival Row.

Carnival Row
Foto: Divulgação

Com Cara Delevingne e Orlando Bloom nos papéis principais, a história criada por Travis Beacham e Rene Echevarria se passa em um universo onde fadas, faunos, centauros e diversos seres “míticos” são reais e vivem entre nós meros humanos. A série tem uma pegada steampunk, e se passa numa era que tem muita a ver com a vitoriana, ali pelos anos 1800 e alguma coisa.

Pelo o que eu entendi do que assisti até agora, os fae (esses seres míticos) viviam em um continente chamado Tirnanoc. E os humanos em um local chamado Burgue. Houve uma guerra onde um grupo chamado The Pact quer dominar o continente dos fae e o pessoal do Burgue tenta ajudar enviando forças militares contra o Pact. Mas a ajuda de pouco adiantou e o exercito do Burgue foi rechaçado de Tirnanoc.

A série começa seis anos depois da guerra, com a personagem de Cara Delevigne, Vignette Stonemoss tentando ajudar um grupo de fadas que fugia de um ataque do Pact. Seus esforços não adiantaram de muita coisa, e, sem ter para onde ir, ela embarca em um navio que estava transportando faes fugitivos para o Burgue.

Já no Burgue, conhecemos o personagem de Orlando Bloom, Rycroft Philostrate, o Philo, um investigador que está atrás de um agressor de faes, que os ataca à marteladas. O problema é que os humanos pouco se importam com os demais povos, desprezando-os por serem diferentes. O Burgue, apesar de abriga-los, destina-os a trabalhos considerados por eles “inferiores”. Esse preconceito dificulta bastante o trabalho do investigador, uma vez que ninguém se importa com o que acontece com os seres míticos.

Carnival Row
Foto: Divulgação

O preconceito é tão intenso, que os humanos da alta sociedade rejeitam completamente a ideia de que um ser mítico seja rico, proíbem fadas de voarem, e os políticos debatem sobre os direitos desses seres e o lugar deles em sua sociedade.

O elenco conta com diversos atores bastante conhecidos já pelo público. Indira Varma, a Ellaria Sand de Game of Thrones, em Carnival Row é Piety Breakspear, a esposa do chanceler Absalom Breakspear. Ele, por sua vez é vivido por Jared Harris, conhecido por seus papéis em filmes como Sherlock Holmes e Resident Evil, e séries como The Crow e Chernobyl (que está na minha lista para assistir, mas ainda não vi).

Foto: Divulgação

Se você assistiu The Tudors, vai reconhecer logo a atriz Tamzin Merchant que viveu a rainha Catarina. Em Carnival Row ela é a extremamente fútil e preconceituosa Imogen Spurnrose que se vê “obrigada” a lidar com um vizinho fauno muito rico, Agreus Astrayon, vivido por David Gyasi. David é conhecido por filmes como Interestelar e Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge e por seu papel de Aquiles na excelente série Troia: A Queda de uma Cidade, disponível na Netflix.

Foto: Divulgação

Ainda não terminei de assistir a temporada, mas até que estou gostando bastante. Eu ainda não havia assistido Cara Delevingne atuando – confesso que não assisti Esquadrão Suicida por causa das fortes críticas negativas – então não sabia o que esperar de sua atuação em Carnival Row. Não que eu seja expert em atuação, mas, até que não achei de todo ruim. Vignette certamente é uma personagem forte, uma heroína de atitude, mas, não estou certa se Cara consegue passar essa força. O que deixa Vignette um pouco sem graça, um pouco apagada. Cara tem potencial, e talvez eu me surpreenda positivamente conforme eu for avançando na série. Sua amiga a fae Tourmaline vivida por Karla Crome parece chamar mais atenção do que a própria Vignette.

Indira Varma eu não tenho nem o que dizer. Atriz competentíssima ela nos surpreende ao mostrar que é muito mais do que uma esposa resignada da alta sociedade. Orlando Bloom está excelente como Philo, mas ainda espero mais dele. Philo tem um segredo, e talvez seja isso que ainda esteja “amarrando” um pouco o ator. Até o final da temporada, eu espero ver algo mais dessa interpretação.

Os figurinos e ambientações são de excelente qualidade. Não vivi na época vitoriana, mas, de tudo o que estudei sobre o assunto, achei que está tudo muito bem produzido. Carnival Row tem um ar meio noir (foi definida como uma série neo-noir) com essa premissa de desvendar crimes, o que alimenta a nossa curiosidade além dos dramas particulares dos personagens principais. O Burgue é muito parecido com o que se tem de registros de Londres dos anos 1800. A fotografia me agrada bastante.

Apesar de ser uma série com inúmeros elementos míticos e fantasiosos, Carnival Row definitivamente não é uma série para crianças. Não há nada de etéreo por causa das fadas (talvez um pouco quando suas asas brilham em determinadas situações). A fumaça que vemos é claramente de poluição da grande cidade que começa a se desenvolver industrial e tecnologicamente. Há cenas de sexo, há cenas em que cadáveres são mostrados com as tripas para fora, há preconceito, pobreza, miséria, humilhação. Temas que fazem com que a série se aproxime mais de nós, do nosso dia a dia.

Acredito que a Prime Video vai desenvolver muito mais séries de qualidade. Talvez filmes também. Estou animada com as coisas que eles tem produzido. Suas produções são completamente diferentes das da Netflix, e, sinceramente, no meu coração tem lugar para ambas.

Já assistiu Carnival Row? Deixe nos comentários o que achou da série!

Beijos e até a próxima!

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