Capitã Marvel – porque eu amei esse filme!

Olá! Já faz um tempinho que eu não resenho filmes por aqui, não é? Mas eu precisava comentar sobre Capitã Marvel. Desde os eventos do filme Os Vingadores Guerra Infinita – do qual, aliás, eu saí muito chateada do cinema – que eu estava bastante ansiosa para ver como seria o filme da heroína Carol Danvers (Brie Larson). Assisti Capitã Marvel ontem e já adianto que valeu cada centavo do ingresso.

Capitã Marvel

Foto: Divulgação

Como fã de quadrinhos da Marvel, eu conhecia a Carol Danvers de outros “carnavais”. Mas eu não sabia muita coisa dela. Sabia que ela tinha uma história complicada na qual ela assumiu diferentes codinomes, e, sabia, principalmente, do contato que ela teve com a minha X-Men favorita, a Vampira. Ainda sob o codinome de Miss Marvel ela perdeu os poderes para a Vampira em um confronto. Além disso eu sabia pouca coisa. Não sabia muito sobre sua origem, e nem sabia do que a levou assumir o titulo de Capitã Marvel.

Dito isto, tendo a consciência de que, infelizmente, esta parte da história não seria abordada, fui para o cinema com esperanças que o filme fosse tudo de bom que estavam falando. Afinal, quem viu Guerra Infinita sabe que ela era a última esperança do Fury. E a Disney não me decepcionou em nadinha.

Carol Danvers
Foto: Divulgação

Capitã Marvel cativa por vários aspectos. Ela é aquele tipo de mulher forte, em que sua principal força está no caráter. A história dela é contada por meio de flashbacks inicialmente confusos que aos poucos tudo começa a fazer sentido para nós e para ela própria. Desde muito antes dela receber seus poderes ela já era poderosa. Tinha essa personalidade corajosa e forte.

Me tocou demais ver no filme coisas que nós mulheres já estamos acostumadas a ver no nosso dia a dia. Sempre que Carol tentava fazer alguma coisa como correr de kart, brincar com outros meninos ou até mesmo entrar na academia de cadetes da aeronáutica americana, sempre, sempre havia um homem dizendo que ali não era lugar dela ou que ela não era forte o bastante.

E isso, nós mulheres, conhecemos de cor. Temos sempre que nos levantar novamente. Todas as vezes que somos derrubadas. Todas as vezes que ouvimos um “você não é boa o bastante”. Até o pai dela dizia isso para ela. Eu tive a sorte em ter um pai que me incentivava em tudo, e dizia que eu podia se tudo que eu quisesse. Ele até me deixou pilotar com ele duas vezes um monomotor e um planador e queria que eu tirasse meu brevê. Mas eu sei que a maioria das mulheres não teve a mesma sorte que eu. De resto sou exatamente igual a todas as mulheres, recebendo vários não, vários “você não é capaz“.

E é assim que Carol fala diretamente ao nosso coração feminino. É de arrepiar. Eu assisti o filme com um misto muito gostoso de conforto no coração com arrepio na pele, com uma vontadezinha de chorar. Um filme que parecia me entender, sabe? Apesar de todas as dificuldades, Carol não quebra. Ela levanta e luta mais um pouco ao som de músicas dos anos 90, como Just a Girl do No Doubt. – Preciso falar que essa é uma das minhas músicas favoritas da adolescência até os dias de hoje? Ah sim, o filme se passa nos anos 90, mais precisamente 1995. Até o site oficial do filme é como os sites daquela época, nos primórdios da internet. Dá só uma olhada clicando aqui.

Capitã Marvel
Capitã Marvel tentando usar um PC dos anos 90.
Foto: Divulgação

E sabe o que é o mais legal? Capitã Marvel se diverte naquilo que está fazendo. Ela se diverte ao usar seus poderes e se sente realmente uma mulher muito foda, poderosa, dessas que a gente tem mais é que admirar, dessas que tentamos ser todos os dias. Os gritos de “Uhul!” dela ao usar seus poderes são bons demais. E ela tem uma personalidade meio sarcástica. Ela é super inteligente e engraçada sem ser caricata. Aquele jeitão militar dela faz parecer que ela está falando sério, quando na verdade pode estar só te zoando.

Fury e Danvers.
Foto: Divulgação

Assim, ela tira sarro de um Fury (Samuel L. Jackson) ainda jovem, no início da carreira, sem ele sequer perceber. Tudo com aquela cara de paisagem dela onde só o sorrisinho sacana no fim das frases acusa que ela na verdade está sacaneando o agente. Aliás outro ponto alto do filme e o Fury. Gente, como eu ri dele. Como eu disse, é o Fury ainda no início da carreira, jovem, que não sabe nada sobre super heróis e etc. Ele é bem humorado, meio sacana, sarcástico também, só que de um jeito muito mais expansivo do que a contida Carol.

Muitas vezes o gatinho Goose rouba a cena =) Foto: Divulgação

Eu amei a personalidade dos dois. E a amizade que eles criam durante os acontecimentos. Apesar de serem muito diferentes, dá pra ver que o carinho é genuíno. Assim como o carinho de Carol por sua melhor amiga Maria Rambeau (Lashana Lynch), outra mulher de personalidade forte, mãe da menina Monica (Akira Akbar), uma garota muito da corajosa e inteligente também. É lindo de ver a relação das três. Elas se apoiam de um jeito lindo, numa verdadeira irmandade.

Maria Rambeau, a melhor amiga de Carol
Maria Rambeau, a melhor amiga de Carol
Foto: Divulgação

Todos ao redor de Carol a admiram. Ela é admirável mesmo. Queria ter ela como amiga. E me espelhar um pouquinho nela para ser ainda mais forte e poderosa. Aliás, acho que ela e Mulher Maravilha deveriam ser amigas também. Ia ser um crossover magnífico!

Outra coisa muito bacana que presenciei na sala de cinema, foi uma menina, que parecia ser pré-adolescente, dizer para a mãe dela assim que o filme acabou: “Eu preciso ver esse filme de novo! Necessito!” Ela estava sentada com a família numa fileira em frente à minha. Ela se sentiu representada, como eu me senti. Olha, ver esse tipo de reação simplesmente não tem preço!

A Brie Larson que interpreta a Capitã Marvel, parece ser uma pessoa super bacana, divertida e acessível também. Nos perfis da Marvel é possível ver alguns vídeos dela na divulgação do filme e interagindo com os fãs.

Assistam o filme, e não deixem de assistir as cenas pós créditos. Elas dão andamento às coisas e serão importantes pro próximo filme dos Vingadores. Falando nisso, outro aspecto importante desse filme que vale a pena destacar é como todos os filmes do Universo Marvel estão interligados com maestria. Muitos dos acontecimentos deste filme tem tudo a ver com coisas que aconteceram lá no início de tudo. Lá nos primeiros filmes do Capitão América e os demais. A Marvel sabe bem o que está fazendo, e na minha opinião estão fazendo tudo muito bem feito. Anotem aí, ainda nos surpreenderemos muito com essa história.

O elenco do filme conta ainda com Jude Law como Yon-Rogg, Clark Gregg, que retorna ao papel Phil Coulsone, com Lee Pace e Djimon Hounsou, que reprisam seus papéis de “Guardiões da Galáxia“. A produção ainda conta com Ben Mendelsohn (“Jogador N°1”), Ana Ayora (da série “Banshee”) e Gemma Chan (“Podres de Rico”). O roteiro é de Geneva Robertson-Dworet (“Tomb Rider: A Origem”) e a direção fica por conta de Ryan Fleck e Anna Boden (“Parceiros de Jogo”).

As homenagens ao querido e saudoso Stan Lee também são bem importantes no filme. <3

Assistam!

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