Séries espanholas são o meu novo guilty pleasure

Sabe quando você gosta de uma coisa que te dá uma leve vergonha de admitir? Pois é, esses são os guilty pleasures. Todo mundo tem algum. Aquele tipo de coisa que não é muito popular, e você pode até ser zoado por gostar dela. Mas eu vou assumir na cara dura: eu ando apaixonada por séries espanholas. Vou contar pra vocês o que andei assistindo nessas duas semanas que dei uma sumidinha. Uma foi porque eu estava às voltas com o meu bolo de aniversário – que vocês podem ver no meu instagram – e a outra foi porque, bem, eu estava maratonando essas séries.

séries espanholas

Como foi que cheguei a essas séries espanholas?

Estava eu procurando o que assistir na Netflix, sabe, fuçando mesmo, vendo o que ela tinha para me oferecer. E foi meio que por causa de La Casa de Papel que encontrei uma série espanhola em cujo elenco se encontra o ator Pedro Alonso, o que fez o Berlín. Fora isso, não conhecia nada, nenhum dos outros atores. Aí uma série puxou a outra e acabei assistindo três nesse tempo. Abaixo conto quais são.

Gran Hotel

Gran Hotel é maravilhosa. Cheia de furos na história, defeitos especiais, erros de continuidade, exageros, e por isso mesmo maravilhosa. Tipo novela de época que eu particularmente adoro. Aliás, todas as séries espanholas que vi até agora são de época. Isso eles fazem bem.

Séries espanholas

Gran Hotel tem uma pegada meio Downton Abbey. Os acontecimentos se passam em 1905 quando Julio Olmedo (Yon González), um jovem de origem humilde, chega ao hotel situado nas redondezas de uma aldeia chamada Cantaloa, para visitar a sua irmã Cristina (Paula Prendes) que trabalha ali. Julio descobre que há mais de um mês que ninguém sabe nada dela (após ser expulsada do hotel por um suposto roubo a um cliente) e decide ficar como camareiro para investigar o seu desaparecimento. Nisso, ele conhece a mocinha da história, a Alicia Alarcón (Amaia Salamanca), uma das filhas de Doña Teresa (Adriana Ozores), a proprietária do hotel e o demônio em pessoa.

Séries espanholas

A partir daí uma série de acontecimentos absurdos e mal contados acontecem – rola até troca de bebês – o que me deixou ainda mais intrigada com a série e me fez ver até o final. Amei. Eu gargalhava com os absurdos. A série teoricamente seria dramática e de mistério, mas aos poucos vários personagens se tornam o alívio cômico da história. Fora que tem o Pedro Alonso, fazendo mais uma vez papel de Berlín. Só que um Berlín retrô. Nessa série ele é Diego Murquía, um safado né. Mas a gente torce para que ele se redima, afinal todo um charme que só Pedro Alonso tem.

Confesso que queria mais temporadas, mas a série tem apenas três.

Tempos de Guerra

Dona Netflix maravilhosa como sempre, foi e me recomendou Tempos de Guerra em seguida. A série é ambientada durante a Guerra do Rif (1921-1927), no Marrocos, na qual o governo da Espanha luta para manter suas colônias no Norte da África. Acho bacana essas ambientações de época porque nos ensina um pouquinho mais da história da Espanha. Tempos de Guerra se baseia na história real de um grupo e moças da alta sociedade espanhola que se tornam enfermeiras  e, por ordem da Rainha Vitória Eugênia, são enviadas ao front marroquino para abrir um hospital da Cruz Vermelha.

Séries espanholas

A mocinha é novamente a atriz Amaia Salamanca, que aqui vive Julia Ballester. Confesso que meus sentimentos quanto a ela como mocinha são conflituosos. Tanto em Grand Hotel quanto em tempos de Guerra ela parece ter a mesma personalidade. Impulsiva e metida a corajosa, acaba fazendo um monte de besteiras quando não está sendo chata.Julia pertence a uma família economicamente bem-sucedida e passa a maior parte de seu tempo com aulas de piano, enquanto aguarda pelo retorno de seu irmão Pedro e de seu noivo Andrés Paredas (Álex Gadea) da guerra na África.

Séries espanholas

Quando descobre que o regimento deles fora atacado e a família fica sem notícias, ela resolver ir juntos com as enfermeiras mesmo sem estar preparada, para ver se encontra o irmão e o noivo. No meio dessa história ela conhece o médico galã Fidel Calderón (Álex García) e aí rolam aquelas tretas de triângulos amorosos que no fundo a gente ama.

Tem também vários alívios cômicos, mas tem uma pegada ainda mais séria que Gran Hotel.

Eu sabia que havia apenas uma temporada e a história se encerrava ali, mas achei o desfecho mal desenvolvido, como se feito às pressas com uma solução fraca. Pede uma segunda temporada ou ao menos mais um episodio para encerrar bem as coisas. Mas ainda assim vale a pena assistir.

O Tempo Entre Costuras

Mais uma série baseada em fatos reais, conta  a trajetória de Sira Quiroga (Adriana Ugarte), jovem costureira que, meses antes da Guerra Civil Espanhola (1936-1939), abandona o noivo Inácio em Madri para seguir Ramiro, um homem por quem se apaixona à primeira vista, rumo a Tânger, no Marrocos. Já dá pra perceber que vai dar problema né? A moça é abandonada pelo bonitão que leva todo o seu dinheiro deixando ela se lascar todinha sozinha no exterior. Eclode a Guerra Civil e ela se vê impedida de voltar pra Espanha sendo envolvida em um monde de problemas que o bonito deixou pra ela resolver. Pense em um embuste. É o Ramiro.

Séries espanholas

A trama se desenvolve até meados da Segunda Guerra Mundial, e ela acaba atuando como espiã. A produção é linda. Os figurinos maravilhosos. Todo um glamour daquela época. Enche os olhos.

Séries espanholas

Como tudo está interligado, O Tempo Entre Costuras conta com participação da atriz que faz Nairobi em La Casa de papel, a atriz Alba Flores. Há uma participação rápida também do Arturito (Enrique Arce) que também dá uma de Arturito nessa série, se é que vocês me entendem. Ainda bem que sua participação é bem rápida, pois dois Arturitos não dá pra aturar.

Gostei bastante. Também tem uma só temporada, mas tem um bom desfecho. Claro que passamos um monte de nervoso com a mocinha e esse série não tem quase nenhum alívio cômico. É mais dramática mesmo e a espionagem nos tira o fôlego.

 

Mas querem saber qual é a coisa que mais amei das três séries? Ouvir a deliciosa cadência do castelhano.

Falando nisso, estou assistindo agora outra série espanhola também na Netflix chamada As Telefonistas. Ela tem um cunho mais sério e aborda importantes temas do machismo, como abuso de mulheres e o preconceito do mercado de trabalho. Depois conto melhor para vocês sobre essa excelente série.

E aí, já assistiram alguma dessas? Me contem o que acharam!

Outras dicas de séries e filmes, clique aqui. =)

10 thoughts on “Séries espanholas são o meu novo guilty pleasure

  1. Julianna says:

    Assisti todas elas! Na realidade comecei com Lá casa e papel e fui para as telefonistas, depois tiempos de guerra, amor entre costuras, por último grand hotel, amei todas. Amo as telefonistas do coração.

    Pulei para série mexicana: Ingobernable. Depois resolvi ver Versailles.
    Antes de tudo isso tinha me viciado em Outlander e depois em Vikings, duas que amo também. O bom da Netflix é que ela mostra séries afins, já conhece meu gosto. Pense num negócio bem pago!

    • Cyn Cardoso says:

      Netflix não brinca em serviço né? E pra melhorar o social media deles é incrível. Não tem como não amar. Sou suspeita sabe, sou muito fã. Nada do que eu posto aqui é jabá, posto só o que amo mesmo. Tbm já me apaixonei por Versailles, Outlander e outras. A Ingovernable ainda não assisti, mas vou colocar na minha lista. Obrigada pela dica! ^^

  2. Ana Paula says:

    As Telefonistas, Gran Hotel e Tempos de Guerra ainda não terminei de assistir. Tempo entre costuras é maravilhosa. Uma outra que achei bem legal Vis a Vis, se passa num presídio feminino (bem Orange is New Black,só muda a cor do uniforme das detentas, é amarelo rsrs)

  3. Reinaldo Nogueira says:

    Essa série foi uma das melhores que eu já assisti gostei muito queria que tivesse continuação
    Ah tá eu gostei muito da atriz Pilar que se chama Verônica chanzes.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.