Comportamento: Ninguém é obrigado a nada

Uma grande verdade da vida: Ninguém é obrigado a nada. Livre arbítrio. Simples assim.

Tá, ok, deixe-me desenvolver melhor.

não sou obrigado

 

É muito fácil dizer que não somos obrigados a nada, mas se você parar pra pensar pode até concordar comigo. Não que você seja obrigado né. Tudo é uma escolha na vida. Absolutamente tudo escolhemos fazer ou não fazer. Aí você me diz, “Ah, mas respirar é obrigatório e involuntário”. Se você quiser viver é obrigatório sim, mas se você escolher parar de respirar, você pode. A consequência disso obviamente é morrer, afinal toda escolha, por mais livre que seja, tem suas consequências.

Quer um outro exemplo: pagar contas. Você pode escolher não pagar aquela sua conta da internet por exemplo. Isso vai acarretar no corte do seu acesso, lógico que vai, mas a escolha continua sendo sua. Ou você pode optar por não trabalhar, o que pode levar você a ficar sem dinheiro o que pode fazer com que você tenha que morar na rua, e por aí vai, mas entende onde eu quero chegar? Ninguém é obrigado a nada mesmo. A única questão é que sempre haverão consequências a partir de nossas escolhas. A lei da ação e reação, por assim dizer.

Estou assistindo um seriado ótimo na Netflix chamado The Good Place. Kristen Bell é Eleanor Shellstrop, uma mulher que morreu e foi parar no “lugar bom“, só que ela não pertence àquele lugar. Sempre levou uma vida egoísta, tratando a todos mal, e todas suas ações eram em benefício próprio. Uma pessoa ruim mesmo. Mas ela vai parar no lugar bom por engano e não quer ser descoberta, já que uma vez que se descobrirem, a mandarão para o lugar ruim. E ninguém quer ser torturado por toda eternidade.

Ok, e o que isso tem a ver com todo essa papo de obrigatoriedade? Bem, na série, ao se manter em segredo no lugar bom as consequências de suas ações são catastróficas naquela “vizinhança”. As coisas mais loucas começam a acontecer, destruindo literalmente o lugar. Como se ela fosse um vírus infectando um programa de computador e por isso ele começa travar, fechar e etc.  Para que não seja descoberta ela percebe que precisa se tornar uma pessoa boa para continuar a ser merecedora de viver no lugar bom. E então a gente acompanha Eleanor nessas tentativas de melhora.  A série é hilária e vale a pena assistir.

Ela não é obrigada a se tornar boa. Ela poderia continuar por ali mesmo, sendo quem ela era, e vendo aquele lugar perfeito sendo destruído aos poucos. Mas aí ela descobre que não é isso que ela quer. Percebe que são sempre escolhas e as suas consequências?

A vida é mais ou menos isso, escolhas e consequências. Sempre. Não sou obrigada a me casar e ter filhos para me sentir realizada. Mas adoraria ter isso na minha vida? Sim, adoraria, mas não posso depender disso para ser feliz. Aliás, a gente não deve depender de nada e nem de ninguém para ser feliz. Apenas acreditar em nós mesmos.

Não sou obrigada, por exemplo, a ser durona e sem coração para ser feminista. Dá pra ser carinhosa, gentil, acreditar no amor e ao mesmo tempo lutar pela igualdade de gêneros. Tipo a Mulher Maravilha, sabe?

Não sou obrigada a ser magra e fitness pra me sentir linda e gostosa. Ou pra vestir aquele cropped se eu tiver vontade. Mas eu também não sou obrigada a vestir um top cropped só porque ele está na moda se eu não gosto de barriga de fora.

Não sou obrigada a conviver com quem me magoou, com quem me prejudicou, com quem foi falso comigo. Não sou nem obrigada a perdoar se eu não quiser. Prefiro perdoar porque não perdoar é como ficar levando lixo no coração. E não tem porquê. Mas, se seu não quiser perdoar, nem a isso sou obrigada. Mas se eu perdoar, não sou obrigada a conviver. Quer saber qual a melhor parte disso? A consequência é: uma paz de espírito do kcete. Gente como é libertador não ter que conviver com quem você não gosta.

Aí você me fala “Mas Cyn, quando é alguém da família que a gente não se dá bem, a gente é obrigado sim a conviver.”. Mas não, não é. Pode ser que, temporariamente, você conviva com essas pessoas pois morem debaixo do mesmo teto. Ok, mas você não é obrigado nem a falar com a pessoa além do mínimo indispensável, and, você ainda pode – melhor ainda – fazer um plano de ação para ir morar em outro lugar. Olha que maravilhoso! Poder morar em um apê sozinha, ou dividir um apê com uma amiga, criando as próprias regras tal tal tal… maravilha!

Ou então, quando você trabalha com aquela pessoa intragável. Você precisa falar com essa pessoa por motivos profissionais, sim, precisa. Mas não é obrigado ficar naquele trabalho ou setor insuportável para sempre. Tem uma hora, que a gente tem que cuidar da própria saúde mental e fazer o que é melhor pra nós mesmos. Aliás, ninguém sabe o que é melhor pra nós que nós mesmos. Ninguém mais sabe. Entendeu?

Agora respeito é bom e todo mundo gosta. Ninguém é obrigado a respeitar ninguém, mas se faltarmos com o respeito pode apostar que ou a gente leva um fora, ou uma porrada na cara, ou é desrespeitado em troca. Cabe aqui a regrinha de só fazer aos outros o que gostaria que fosse feito com você. Por uma questão de civilidade e não de obrigatoriedade.

Tracem planos, tenham metas em mente, façam tudo o possível para ser feliz, livre e realizados. Ou não façam nada disso, pois se você não quiser ser feliz, nem isso é obrigatório. Cada um faz o que quiser da própria vida. É ou não é?

Aliás, falando nisso, não suporto aquelas matérias de moda com títulos tipo “O que vestir para ser elegante depois dos 30”. Queridos, eu visto a po##@ que eu quiser. =D

 

Beijo! Até a próxima!

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