Elegia e A Guerra Justa – Novelas que vieram enriquecer o lore de World of Warcraft

Sim, eu sei! Ultimamente esse blog tem falado muito de World of Warcraft, mas existe um motivo para isso. A nova expansão Battle por Azeroth está chegando e novidades não param de sair. Elegia e A Guerra Justa foram lançados ontem para nos contar os pormenores do início da guerra entre as facções, a premissa da próxima expansão.

Elegia - Capa

Uma das coisas que mais me fascinam em World of Warcraft é o lore, ou seja, a história por trás do jogo. O pessoal da Blizzard sempre tem um cuidado especial em criar histórias que sejam coerentes com o proposto desde o primeiro Warcraft. A história é rica em detalhes e existem tantos personagens que a gente até se perde. Todos tem qualidades e defeitos. Todos são capazes de atos gloriosos, e de atos indignos.

Para quem não sabe, além do jogo em si, das cinemáticas e das HQs de Warcraft, existem livros que contam mais de todas essas histórias. Muitos deles ainda não foram traduzidos pro português, e os que estão traduzidos não são os primeiros o que deixa, pra nós a história meio “fora de ordem”. Confesso que ainda não os li, e que meu conhecimento do lore, construído a partir do que encontro na internet, é bem pequeno se comparado à vastidão que é esse universo.

Por que eu estou dizendo tudo isso? Pois bem. Ontem a Blizzard disponibilizou gratuitamente os pdfs de duas noveletas que contam os acontecimentos que vimos recentemente in game. Acontecimentos esses que culminam na impiedosa queima da Teldrassil, a Árvore da Vida. Essa árvore é importantíssima para o equilíbrio natural de Azeroth, e principalmente para a harmonia dos elfos noturnos que prezam tanto a vida. Um ato assim só poderia partir de alguém que odeia a vida como Sylvana Correventos, a banshee rainha dos mortos-vivos, e, agora, chefe guerreira. Ódio purinho ela.

Pois bem. As noveletas contam a mesma história. Porém, uma é contada através dos olhos dos personagens da Aliança, e outra através dos olhos da Horda. Até agora eu só consegui ler Elegia da Aliança, mas já baixei A Guerra Justa da Horda.

Mas Cyn, você não é Aliança convicta? Sim. E continuarei sendo. Muito amor pela minha facção. Mas eu quero ler a versão da Horda para entender porquê diabos eles precisaram fazer aquilo.

Sobre Elegia

Elegia me tocou profundamente o coração. E, sinceramente, não posso ser imparcial quanto a isso. Em Elegia acompanhamos alguns personagens principais como o rei Anduin, Tyrande, Velen e Greymane que são alguns dos líderes dos povos da Aliança. Malfurion – marido de Tyrande – também aparece bastante. Todos sabem da iminência de uma disputa. Depois que Sargeras foi derrotado em Legion, sua gigantesca espada foi fincada em Azeroth, criando uma fenda na região de Silithus. Essa enorme cisão no planeta Azeroth fez com que um material bastante poderoso fosse revelado, a  azerita. Mas ninguém, nem a Aliança e nem a Horda sabem ainda o que realmente pode ser feito com esse material. Apenas sabem que a azerita é poderosa.

Elegia

Tendo isso em mente, globins (da Horda) foram mandados para o local e estão lá extraindo o material sem dó nem piedade. A Aliança percebe que precisa fazer algo a respeito e manda uma expedição de Elfos Noturnos juntamente com os anões da Liga dos Exploradores. A história de Elegia começa mais ou menos quando esse grupo (ou o que restou dele) volta para Darnassus (a capital dos Elfos Noturnos, localizada na grande árvore do mundo, a Teldrassil – sim, a árvore da vida é gigantesca como uma ilha e abriga Darnassus).

Juntamente com a Liga dos Exploradores está a elfa sentinela, a comandante  Cordressa Cravoarco. Assim que chega a Darnassus reencontra sua amiga a tenente  Delaryn Lunestio. Essa tenente vai ter um papel crucial nessa história toda. Mas eu não vou contar para não ter spoiler. 🙂

Muitos detalhes de Darnassus são descritos, mostrando o quão feliz e pacifica a cidade é. Uma capital que recebeu com carinho o povo do rei Greymane, quando Guilneas foi destruída e seus habitantes foram amaldiçoados com a licantropia. Foram os elfos noturnos que os auxiliaram a controlar suas transformações, lhes deram abrigo, casa e comida. Todos esses detalhes mostrados juntamente com bondade dos elfos noturnos, nos faz sofrer ainda mais quando tudo é destruído, a Teldrassil queimada e cidadãos de Darnassus são cruelmente mortos pelo incêndio causado por Sylvanas.

Agora um ponto que me tocou diretamente. Apesar da bondade dos elfos noturnos, eles sempre tiveram muitas ressalvas e desconfianças no que diz respeito aos elfos que usam magia arcana. Pois foi o uso da magia arcana que fez com que muitos deles ficassem viciados em poder e esse uso exacerbado da magia no passado causou sérios danos a Azeroth. Por isso a maioria dos elfos noturnos decidiu trabalhar com a natureza, tornando-se druidas. Os poucos que ainda praticavam magia arcana eram mal vistos.

Quando eu criei minha elfa noturna maga eu não fazia ideia desses pormenores da história. Mas upar um personagem dá trabalho, aprender as rotações e etc são diferentes para cada classe e eu acabei me afeiçoando à personagem que criei. Quando soube que no geral elfos noturnos magos eram considerados aberrações, entrei em conflito moral comigo mesma pois não queria me desfazer da minha personagem. Mesmo dentro do jogo, eu reparei, que quando minha char falava com alguém (npc) de Darnassus, eles reagiam com um certo desprezo. Mas Elegia veio para apaziguar meu coração.

Em Elegia, os elfos magos desempenham um importante papel na tentativa de defesa da Teldrassil e um papel mais importante ainda na evacuação dos civis. Seus portais permitem que os sobreviventes escapem para Ventobravo (capital dos humanos), e os demais elfos se tornam muito gratos a eles. Isso me tocou profundamente. Aqueles que antes eram considerados párias, agora começaram a ser vistos como iguais, e tendo o seu papel reconhecido.

Elegia e A Guerra Justa

Fiquei ontem até tarde na noite lendo Elegia. Tanto ele quanto A Guerra Justa têm 95 páginas, o que é uma leitura bem rápida. Ambos os pdfs são gratuitos e você encontra no site do game, nesse link aqui.

Depois que eu ler A Guerra Justa eu venho contar para vocês o que achei. Mas dando uma “folheda”, já consegui entender que o principal foco da novela é Saurfang (aquele do vídeo Soldado Veterano) e mostra o porquê dele achar que o que Sylvanas fez não tem honra alguma.

Os jogadores de cada facção podem ou não gostar do rumo que a história está tomando. Houve momentos em que a Blizzard não mandou muito bem como em Warlords of Draenor quando os criadores intentaram de mandar as facções pra uma espécie de “realidade alternativa”. Ninguém curtiu muito a ideia, e em Legion eles meio que tentaram consertar a cagada.

Apesar de não ser sempre perfeito o cuidado da Blizzard é inegável. E estão todos ansiosos para ver o que mais vai acontecer em Battler for Azeroth. O marketing da expansão está genial, aproximando o jogo ainda mais dos jogadores. A velha rivalidade está tomando cada vez mais força, e essa jogada de atingir diretamente no coração dos jogadores foi de mestre. Que venha dia 14 de agosto. Só mais uma semaninha!

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